O espetáculo mostra as bruscas interrupções que acontecem na vida e, num exercício de metalinguagem, os cortes na narrativa teatral. Responsável pela dramaturgia final, Christiane Jatahy concebeu o texto com situações que se entrelaçam e se sobrepõem levadas pelos atores: histórias pessoais, processos judiciais, notícias de jornal e outras referências, formando uma espécie de mosaico em que o real e o ficcional são separados por uma linha nem sempre perceptível. Em cena, a diretora edita parte do espetáculo diariamente, mudando a ordem de cenas e as cortando em pontos diferentes. A montagem é resultado de um processo que durou seis meses de preparação, tendo sido indicada ao prêmio da APTR na categoria de Melhor Texto.