Ao rememorar a história que viveu (ou deixou de viver) com a poeta Ana Cristina César, Paulo José, o personagem que é interpretado pelo próprio ator e diretor, evoca a figura da escritora para tentar entender a mulher por trás do mito. Refaz com ela sua trajetória literária e existencial ? dos seis anos de idade, quando tem seus primeiros poemas publicados, aos 31, quando se despede da vida. Com texto extraído de poemas, prosas, cartas e diários da autora, o espetáculo presentifica na cena o vigor, o teor e a dicção singular da palavra poética. Através dela, traz à tona sua busca, suas angústias, suas inquietações. Expõe os seus enigmas. Mas deixa para o público a tarefa improvável de montar o quebra-cabeça.